quinta-feira, 21 de agosto de 2014

As estruturas da minha vida.

Oi!
Em meu último texto falei sobre como a dança me tem salvado da depressão. Lembram-seque eu disse que a Senhorita me trouxe de volta algumas coisas? Pois bem.
Hoje gostaria de falar sobre duas estruturas importantíssimas pra mim: a família e os amigos.

Tenho a família perfeita! Mentira. Ninguém tem. Tampouco amigos perfeitos. Entretanto, eu tenho a família e amigos ideais, os que preenchem como uma luva minhas mãos cansadas.
Dizem por aí que cada um tem o que merece, e eu digo que eu não mereço tanto! :')

A vida foi muito generosa comigo, mesmo após eu ter atentado contra ela.*
Não tenho vergonha de dizer que tenho uma doença, e não se avexe se caso se assombrar, afinal, eu não escancaro minha vida por aí, ao contrário, me esforço para sorrir sempre. É claro que não sou de ferro, então algumas vezes as costas ficam pesadas e as pernas vacilam, nesta ocasião algumas poucas pessoas tomam conhecimento da minha dor.

  • Estrutura 1


Minha família, que é minha base pra tudo, dividiu cada dorzinha comigo e após cada arranhão no coração pôs um bandaid lá. Cada um com o seu jeito, com a sua maneira de dizer: "tô contigo". Sem eles eu nunca passaria de uma eterna lagarta; não sairia do casulo sofrido nem voaria vida a fora. 

  1. Estrutura 2


Anjos que, humanamente, insistimos em chamar meramente de amigos. Ah, esses trataram da ferida também, e ficaram atentos a qualquer recaída. E eu recaí. Todavia, me ergui com ajuda das mãos estendidas e dos olhares sinceros que não demonstravam pena (porque ao contrário do que muitos pensam, pessoas depressivas não desejam chamar a atenção ou despertar sentimento de piedade, mas buscam apoio para compreenderem o que está acontecendo com elas) mas ofereciam ombros fortes do tamanho do mundo...e fofinhos.


Gratidão eterna a essas estruturas, sem as quais eu não sobreviveria. Graças a vocês as coisas estão ficando quentinhas por aqui. ^_^


A você que se dedicou a ler, obrigada por dispensar seu tempo e me conhecer um cadinho mais. Só não fujam de mim, ta legal?! Rs



*Não entrarei em detalhes porque não quero fazer desse blog um muro de lamentações.



Se você acha que o conteúdo do blog é pessoal demais, esteja a  vontade para clicar no canto superior da página onde existe um X. Ah, e volte quando quiser.
E beijo, e tchau.











Para alguém especial:

Rei, se lembra quando falamos sobre as coisas que eu gostaria de escrever em meu blog e nunca conseguia? Acho que estou me saindo bem. O que acha?! ^_^
Obrigada pelo apoio. Você é um imenso amigo e entra na gama dos meus anjos protetores.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Habitantes.

Dentro de mim morava uma dona muito da intrometida. Uma dona obscura, perspicaz e autoritária que não me permitia ter muitas escolhas que não fossem as de abraçá-la e pertencer somente a ela. Essa dona desvirtuada me levou por caminhos sombrios e solitários. Eu não entendia muito bem por que ela fez morada (poxa, ela nem sequer se apresentou!), mas fez. Tornei-me amiga dela, a contragosto, sim, e isso me custou tempo e dor, mas também me entregou autoconhecimento.
Não entendia o motivo de tudo, até o momento em que uma senhorita – que já havia me visitado em tempos remotos – retornou singelamente e me pediu pra ficar. Aceitei, porém relutante, afinal a Dona, como já mencionado, não gostava que eu tivesse amigos. De qualquer modo já estava resolvido, eu não achava correto declinar de um convite tão carinhosamente feito.
Depois do retorno dela, minha vida se encheu de cor e ficou florida. Eu sentia vontade de ser feliz e de ficar junto dos meus. A Senhorita me salvou e afastou as brumas que cobriam as pessoas que queriam me tirar dos braços da Dona.
Fiz, então, a Senhorita de minha amante e a Dona ficou com a parte que lhe cabia; a gratidão pelo aprendizado concedido.
A Dona ainda não foi embora, mas estou mostrando a ela que posso caminhar sozinha, aliás, sozinha, não, com a Senhorita e tudo o que ela me trouxe de volta.



Nota: alguns saberão quem são os personagens Dona e Senhorita (ou talvez não), que de fictícios só têm os nomes, denominados assim para dar um ar poético ao texto.
Quem adivinhar ganha um beijo! Hehe.
Tô brincando. Leia abaixo.









A quem interessar possa,
Dona: A depressão

Senhorita: A dança.

domingo, 10 de agosto de 2014

A vida sexual nada secreta de cada ser humano.


A vida sexual nada secreta de cada ser humano.

Sexo: uma palavra bonita e intensa; para uns, motivo de espanto e constrangimento, para outros uma questão natural. Falar sobre sexo é sempre polêmico, misturado a religião, então, nem se fala. 
Como pôde um filme sobre a descoberta da sexualidade me tocar tão profundamente? De certo, não foi pelo fato de o protagonista possuir uma limitação física – seqüela da poliomielite – este fato não surtiu em mim o menor sentimento de pena ou algo semelhante. Daí pensei exaustivamente sobre o questionamento e concluí que tamanha comoção ocorreu porque a lição que Mark transmitiu nessa história real – transformada em longa metragem – foi uma das mais incríveis já contadas ao longo dos séculos sobre o conhecimento do próprio corpo e os sentimentos que isso proporciona ao ser humano.  Ultrapassando tabus religiosos, o diretor retrata, sem falso moralismo, a nudez e o sexo com uma doçura de encharcar os olhos. 
The Sessions fala sobre sexo sem nem por uma cena sequer beirar a baixaria ou vulgaridade.
Falando de mim, gosto de pensar que o corpo é uma extensão da nossa alma, portanto é preciso ser tocado, conhecido e gozado. Qualquer que seja o gênero, homem com mulher, mulher com mulher, homem com homem, mulher/homem/mulher, enfim, é divino quando é feito com entrega e com a sensação de estar se unindo a outro ser. 
Posso confessar a vocês que uma mulher diferente emergiu após conhecer essa história. Uma Viviane melhorada. Uma mulher ainda mais certa da poesia que há no sexo livre, consensual e sagrado.
Para os que ficaram curiosos, saibam que esse filme está longe de ser um ensaio de amor Shakespeareriano, no entanto, há mais poesia contida nele do que em três “Romeu e Julieta”.

Deleite-se. 
Depois me diga se foi bom pra você. ;)


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Dor e acne

Andei pensando sobre a dor. Acho que ela se parece, metaforicamente, é claro, com as acnes surgidas na adolescência. Algumas a gente negligencia, outras a gente cuida, e há, ainda, aquelas que nós esprememos. Sabe, a gente não deveria fazer isso. Lembro-me muito bem da minha mãe dizendo: - "Não esprema, menina! Não esprema!" Pois é!
Compreendo que o modo como lidamos com a dor pode determinar os efeitos dela em nós.
Uma lição aprendida, tome nota, se quiser: Jamais esprema, dores ou espinhas, tanto faz, isto deixará marcas. Para sempre? Talvez.