A vida sexual nada secreta de cada ser humano.
Sexo: uma palavra bonita e intensa; para uns, motivo de
espanto e constrangimento, para outros uma questão natural. Falar sobre sexo é
sempre polêmico, misturado a religião, então, nem se fala.
Como pôde um filme
sobre a descoberta da sexualidade me tocar tão profundamente? De certo, não foi
pelo fato de o protagonista possuir uma limitação física – seqüela da poliomielite
– este fato não surtiu em mim o menor sentimento de pena ou algo semelhante. Daí
pensei exaustivamente sobre o questionamento e concluí que tamanha comoção
ocorreu porque a lição que Mark transmitiu nessa história real – transformada
em longa metragem – foi uma das mais incríveis já contadas ao longo dos séculos
sobre o conhecimento do próprio corpo e os sentimentos que isso proporciona ao
ser humano. Ultrapassando tabus
religiosos, o diretor retrata, sem falso moralismo, a nudez e o sexo com uma doçura
de encharcar os olhos.
The Sessions fala sobre sexo sem nem por uma cena sequer
beirar a baixaria ou vulgaridade.
Falando de mim, gosto de pensar que o corpo é uma extensão da
nossa alma, portanto é preciso ser tocado, conhecido e gozado. Qualquer que
seja o gênero, homem com mulher, mulher com mulher, homem com homem,
mulher/homem/mulher, enfim, é divino quando é feito com entrega e com a
sensação de estar se unindo a outro ser.
Posso confessar a vocês que uma mulher
diferente emergiu após conhecer essa história. Uma Viviane melhorada. Uma
mulher ainda mais certa da poesia que há no sexo livre, consensual e sagrado.
Para os que ficaram curiosos, saibam que esse filme está
longe de ser um ensaio de amor Shakespeareriano, no entanto, há mais poesia
contida nele do que em três “Romeu e Julieta”.
Deleite-se.
Depois me diga se foi bom pra você. ;)
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