domingo, 21 de agosto de 2016




Disse a garota, em meio a um pranto sincero, e apontando pra ela inteira:


Foge de mim. Rápido! Foge enquanto ainda há tempo. Enquanto os pedaços em que te quebro são
grandes o suficiente para serem colados. Foge de mim. Corre sem olhar pra trás. Uma fuga ligeira como naqueles filmes de apocalipse em que há uma onda gigantesca atrás e, se você não for mais rápida, ela te engole.

Ainda que meu coração se desfaça em mil pedacinhos bem pequenininhos. Ainda que minha alma entre em um estado de coma profundo. Ainda que meus olhos sangrem de tão salgadas. Ainda que o mundo pare de girar neste instante. Ainda assim eu imploro, como um animal agonizante implora para ser morto, fuja de mim. Vá embora. Salve-se. O único meio de minha alma encontrar salvação, se é que ela realmente existe, é vendo você a salvo. Feliz. Regenerada. Vai doer em você no início, como todo ferimento de amor, mas quando parar de doer o sol reviverá em ti todas as flores.



Sabe, no pequeno príncipe (não há dúvidas que ele é meu livro favorito, não é mesmo?! Tentando um sorriso meio forçado, meio sincero) o autor diz que é preciso retirar os baobás enquanto eles ainda são ervas daninhas, caso contrário, ele invade o planeta e depois é impossível mensurar os estragos, tampouco retirá-los.
Eu sou um baobá no planeta da sua alma. Corte-me pela raiz, pessoa linda!
Foge de mim correndo. Se eu fosse você, fugiria.

domingo, 14 de agosto de 2016

Existe algo chamado dor. Ela pode te alcançar de várias formas possíveis. Eu sinto dor. Mas sabe o que mais me causa dor? É provocar dor no outro. No outro que se ama, No outro que me ama. Tá, eu sei que tem muita dor nesse texto mas é somente uma forma de externar o que a alma sente. Cada teclada é um lamento a menos no peito. Cada palavra formada, um alívio pra mente. 

Não queria entender todos os mistérios do mundo, não! Isso seria prepotência de minha parte, porém eu desejaria somente compreender o por quê. O por que da dor e da ferida. Seria unicamente para deixar cicatriz? Porque se for só isso, talvez não fosse necessário, já possuo tantas quanto existem grãos de areia no mar. Não busco por soluções fáceis ou instantâneas; busco respostas dentro de mim. Quero sair de mim. Consegue me entender? Sair de mim para dar um "oi", me abraçar e dizer que vai ficar tudo bem porque eu sou forte. Não, eu não sou. Eu sou frágil. Preciso me conformar que sou frágil. 
São muitas palavras soltas aqui que parecem não fazer sentido algum. Iniciei esse texto escrevendo exatamente tudo o que me passava na cabeça. Termino ele com a sensação de que não há nada na minha cabeça que me trará as respostas que procuro.

Então, fim.

sábado, 6 de agosto de 2016

Houve um tempo em que eu achava o maior barato ser cult, hipster e afins. Nesse tempo, também, eu não queria ver filmes populares, não me permitia rebolar ao som de um funk, e achava constrangedor dar uma sambadinha ao ouvir um pagode legal. Cheguei até a negar que ralava o tchan e andava na prancha na minha adolescência. Que absurdo!



Mas chegou um tempo que a maturidade foi tomando conta e foi me fazendo perceber que não tinha problema nenhum eu gostar dessas coisas. Que as ideologias que me alcançaram na caminhada à vida adulta não iriam se desfazer se eu visse um filme de animação ou se eu gargalhasse com os amigos ao som de um sertanejo ou um pagode qualquer porque eu sei em que minhas ideologias são legítimas.


Afinal, o que é uma pessoa cult? Alguém que tem cultura? Então todo ser humano é culto. A profissional que limpa o chão em que você trabalha ou o Seu Zé que te serve um pingado preto e branco, são cultos pra caralho. Ah, migues, só acho que cês podem viver melhor se começarem a viver com jeitinho mais simples. Se você não gosta de pagode, por exemplo, tudo bem. Só não se prive de coisas que você gosta por medo de não se encaixar na galerinha cult ou de ser criticada por ela. Porque, sim, os cultzinhos são tão preconceituosos quanto a gente pensa e bem mais do que eles, se quer, imaginam. 

Moral da história, migx, SEJA VOCÊ. O seu você pode ser repleto de coisas simples e também rebuscadas, mas todas essas coisas seriam bem mais legais se existissem respeitadas por uma ideologia.  Pense nisso!

beijo.

ah, e.. #ForaTemer. 

O amor não é verbo. Amar é.

O que eu quero dizer com isso? Simples. Quero dizer que o amor é sentimento e amar é comportamento. Amar é uma característica. Logo cada ser ama de um jeito todo seu. Cada um tem um modo de se preocupar com o outro, de acalentar, de presentear, de se fazer presente. Quando a gente entende isso, entende que ou a gente acredita no amor que o outro nos oferece ou vamos acabar frustrados por nossas próprias expectativas.



Entenda definitivamente que nós nunca, nem por toda a sintonia existente no cosmo, saberemos o que a alma do outro carrega, vive, sente. Como resolver isso? Ué, comece conversando com o universo. Pergunte a natureza o porquê? Faz sentido eu desejar tanto alguém? Por que a pessoa pulsa tão intensamente em mim. Há um propósito maior nessa ligação toda? Se você sentir que as respostas te impulsionam a permanecer do lado dela, então,  preste atenção agora. Sorria. Agradeça. Ore. Chore. Lágrimas não são sinal de fraqueza, mas são escudo para quem busca fortaleza. Encha o peito de ar e diga: eu confio no amor que ela me oferece. Confio no que o Universo me confia. Abra seus braços, sua mente e seu coração para acolher as lutas e também para colher os frutos. Ame, continue amando, porque se o seu amor for tudo o que você pode oferecer, isso será suficiente para ela também.