Houve um tempo em que eu achava o maior barato ser cult, hipster
e afins. Nesse tempo, também, eu não queria ver filmes populares, não me permitia
rebolar ao som de um funk, e achava constrangedor dar uma sambadinha ao ouvir
um pagode legal. Cheguei até a negar que ralava o tchan e andava na prancha na minha adolescência. Que absurdo!
Mas chegou um tempo que a maturidade foi tomando conta e foi
me fazendo perceber que não tinha problema nenhum eu gostar dessas coisas. Que as
ideologias que me alcançaram na caminhada à vida adulta não iriam se desfazer
se eu visse um filme de animação ou se eu gargalhasse com os amigos ao som de
um sertanejo ou um pagode qualquer porque eu sei em que minhas ideologias são legítimas.
Afinal, o que é uma pessoa cult? Alguém que tem cultura? Então
todo ser humano é culto. A profissional que limpa o chão em que você trabalha ou
o Seu Zé que te serve um pingado preto e branco, são cultos pra caralho. Ah, migues, só acho que cês podem viver melhor se começarem a viver com jeitinho mais simples. Se você
não gosta de pagode, por exemplo, tudo bem. Só não se prive de coisas
que você gosta por medo de não se encaixar na galerinha cult ou de ser
criticada por ela. Porque, sim, os cultzinhos são tão preconceituosos quanto a
gente pensa e bem mais do que eles, se quer, imaginam.
Moral da história, migx, SEJA VOCÊ. O seu você pode ser repleto de coisas simples e também
rebuscadas, mas todas essas coisas seriam bem mais legais se existissem respeitadas
por uma ideologia. Pense nisso!
beijo.
ah, e.. #ForaTemer.
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